Manejo florestal
Manejo florestal
Viabilizar a extração sustentável da madeira é a chave para o
combate ao desmatamento, que, em 2009, atingiu mais de 7 400 km2 da
Amazônia Legal.
O dado vem do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),
responsável pelo monitoramento oficial da região. A entidade está
investindo em espiões aéreos de alta tecnologia para aprimorar as
informações fornecidas por satélites, aviões israelenses não tripulados e
até chips de identificação por radiofrequência. Mas é preciso ir além e
mudar o comportamento dos fornecedores e consumidores de madeiras
nativas.
Pela lei, a extração só pode ocorrer após o Ibama
aprovar um plano de manejo, conjunto de técnicas para retirar as árvores
mantendo a floresta em pé e saudável (caso da reserva da Precious
Woods,em Itacoatiara, AM, mostrada na foto). “Estabelecem-se
procedimentos e limites para o corte, que, em alguns casos, não passa de
cinco exemplares por hectare”, explica Leonardo Sobral,coordenador de
certificação florestal do Imaflora. Parece pouco, mas não é: “Em média,
uma árvore nativa oferece de 10 a 15 m3 de madeira, enquanto um
eucalipto gera de 0,30 a 0,50 m3”, compara.
Para Geraldo José
Zenid, diretor do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), o
problema é concentrar a exploração em poucas espécies. “Temos de
incentivar o mercado e os consumidores a buscar informações sobre
madeiras alternativas e tirar proveito da diversidade que a natureza nos
oferece”, afirma.
CONHECER PARA CONSERVAR
Hoje,
64% da produção amazônica permanece no país, especialmente para
abastecer a construção civil. Só no estado de São Paulo, estima-se que
42% dessa madeira vá para estruturas de telhado, 28% para andaimes e
fôrmas e 11% para forros, pisos e esquadrias.
“O consumidor pode tornar a extração mais sustentável”, diz Geraldo José Zenid, que recomenda: - Exija do fornecedor a nota fiscal e o documento de origem florestal. Prefira produtos certificados.
- Não compre espécies ameaçadas ou com exploração e comércio proibidos pelo Ibama, como pinho-do- paraná e peroba-rosa.
- Prefira madeiras alternativas, como angelim-pedra, cedrinho e tauari. Confira outras na publicação - Madeira: Uso Sustentável na Construção Civil, no site do IPT.
Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/extracao-sustentavel-madeira-combate-desmatamento-amazonia-a-c-578920.shtml
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