sábado, 28 de setembro de 2013

Manejo florestal

 

Manejo florestal

Viabilizar a extração sustentável da madeira é a chave para o combate ao desmatamento, que, em 2009, atingiu mais de 7 400 km2 da Amazônia Legal.

O dado vem do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pelo monitoramento oficial da região. A entidade está investindo em espiões aéreos de alta tecnologia para aprimorar as informações fornecidas por satélites, aviões israelenses não tripulados e até chips de identificação por radiofrequência. Mas é preciso ir além e mudar o comportamento dos fornecedores e consumidores de madeiras nativas.

Pela lei, a extração só pode ocorrer após o Ibama aprovar um plano de manejo, conjunto de técnicas para retirar as árvores mantendo a floresta em pé e saudável (caso da reserva da Precious Woods,em Itacoatiara, AM, mostrada na foto). “Estabelecem-se procedimentos e limites para o corte, que, em alguns casos, não passa de cinco exemplares por hectare”, explica Leonardo Sobral,coordenador de certificação florestal do Imaflora. Parece pouco, mas não é: “Em média, uma árvore nativa oferece de 10 a 15 m3 de madeira, enquanto um eucalipto gera de 0,30 a 0,50 m3”, compara.

Para Geraldo José Zenid, diretor do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), o problema é concentrar a exploração em poucas espécies. “Temos de incentivar o mercado e os consumidores a buscar informações sobre madeiras alternativas e tirar proveito da diversidade que a natureza nos oferece”, afirma.

CONHECER PARA CONSERVAR
Hoje, 64% da produção amazônica permanece no país, especialmente para abastecer a construção civil. Só no estado de São Paulo, estima-se que 42% dessa madeira vá para estruturas de telhado, 28% para andaimes e fôrmas e 11% para forros, pisos e esquadrias.

“O consumidor pode tornar a extração mais sustentável”, diz Geraldo José Zenid, que recomenda: - Exija do fornecedor a nota fiscal e o documento de origem florestal. Prefira produtos certificados.
- Não compre espécies ameaçadas ou com exploração e comércio proibidos pelo Ibama, como pinho-do- paraná e peroba-rosa.
- Prefira madeiras alternativas, como angelim-pedra, cedrinho e tauari. Confira outras na publicação - Madeira: Uso Sustentável na Construção Civil, no site do IPT.  

Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/extracao-sustentavel-madeira-combate-desmatamento-amazonia-a-c-578920.shtml

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