Dúvidas e curiosidades sobre madeira e MDF para ajudar você a cuidar bem do seu móvel!
sábado, 14 de dezembro de 2013
terça-feira, 5 de novembro de 2013
sábado, 28 de setembro de 2013
Florestabilidade
Florestabilidade
Um ambicioso projeto chamado Florestabilidade quer formar jovens para cultivar e aprender a gerar riqueza através do uso sustentável da floresta Amazônica. A iniciativa conta com o apoio de instituições ligadas ao meio ambiente e ensina técnicas de manejo ecológico que podem mudar o jeito como os moradores da região se relacionam com os recursos da Amazônia
A iniciativa do Serviço Florestal Brasileiro, Fundo Vale e Fundação Roberto Marinho
deve alcançar dezenas de milhares de jovens da região amazônica, que,
apesar das origens, conectam-se cada vez menos com a riqueza da floresta
e suas possibilidades em materiais, alimentos, essenciais, ativos
farmacêuticos e todo o sofisticado conhecimento das comunidades
amazônica associado a estes produtos e suas técnicas de manejo.
Este é um momento especial para o esforço de valorização da floresta. Depois de oito anos de queda no desmatamento da Amazônia os sistemas de detecção do Inpe e Imazon voltam a dar sinais de reversão de tendência, e apenas o reforço das ações de comando e controle não terá a eficácia de outros tempos pela mudança dos vetores que causam o corte da floresta, em especial em terras públicas.
O ser humano protege aquilo com que se importa, em que vê valor — econômico, cultural ou espiritual. Por isso é fundamental disseminar o conhecimento sobre a floresta, a sua sustentabilidade e habilidade de sua gente.
Dona Margarida, líder comunitária na Reserva Extrativista Verde para Sempre, no Pará, assim descreve o valor da floresta: "Quanto tenho fome não vou à feira, se preciso de remédio não vou à farmácia, quando quero lazer não vou viajar. Para tudo isso eu vou à floresta, que me dá o fruto, a caça, a erva e a sombra. Isso pra mim é florestabilidade."
Este é um momento especial para o esforço de valorização da floresta. Depois de oito anos de queda no desmatamento da Amazônia os sistemas de detecção do Inpe e Imazon voltam a dar sinais de reversão de tendência, e apenas o reforço das ações de comando e controle não terá a eficácia de outros tempos pela mudança dos vetores que causam o corte da floresta, em especial em terras públicas.
O ser humano protege aquilo com que se importa, em que vê valor — econômico, cultural ou espiritual. Por isso é fundamental disseminar o conhecimento sobre a floresta, a sua sustentabilidade e habilidade de sua gente.
Dona Margarida, líder comunitária na Reserva Extrativista Verde para Sempre, no Pará, assim descreve o valor da floresta: "Quanto tenho fome não vou à feira, se preciso de remédio não vou à farmácia, quando quero lazer não vou viajar. Para tudo isso eu vou à floresta, que me dá o fruto, a caça, a erva e a sombra. Isso pra mim é florestabilidade."
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/florestabilidade-723515.shtml
*Tasso
Azevedo é engenheiro florestal, consultor em sustentabilidade,
ex-diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro e conselheiro do
Planeta Sustentável. Este texto foi publicado na íntegra em O Globo, em
14/11/2012Manejo florestal
Manejo florestal
Viabilizar a extração sustentável da madeira é a chave para o combate ao desmatamento, que, em 2009, atingiu mais de 7 400 km2 da Amazônia Legal.
O dado vem do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),
responsável pelo monitoramento oficial da região. A entidade está
investindo em espiões aéreos de alta tecnologia para aprimorar as
informações fornecidas por satélites, aviões israelenses não tripulados e
até chips de identificação por radiofrequência. Mas é preciso ir além e
mudar o comportamento dos fornecedores e consumidores de madeiras
nativas.
Pela lei, a extração só pode ocorrer após o Ibama
aprovar um plano de manejo, conjunto de técnicas para retirar as árvores
mantendo a floresta em pé e saudável (caso da reserva da Precious
Woods,em Itacoatiara, AM, mostrada na foto). “Estabelecem-se
procedimentos e limites para o corte, que, em alguns casos, não passa de
cinco exemplares por hectare”, explica Leonardo Sobral,coordenador de
certificação florestal do Imaflora. Parece pouco, mas não é: “Em média,
uma árvore nativa oferece de 10 a 15 m3 de madeira, enquanto um
eucalipto gera de 0,30 a 0,50 m3”, compara.
Para Geraldo José
Zenid, diretor do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), o
problema é concentrar a exploração em poucas espécies. “Temos de
incentivar o mercado e os consumidores a buscar informações sobre
madeiras alternativas e tirar proveito da diversidade que a natureza nos
oferece”, afirma.
CONHECER PARA CONSERVAR
Hoje,
64% da produção amazônica permanece no país, especialmente para
abastecer a construção civil. Só no estado de São Paulo, estima-se que
42% dessa madeira vá para estruturas de telhado, 28% para andaimes e
fôrmas e 11% para forros, pisos e esquadrias.
“O consumidor pode tornar a extração mais sustentável”, diz Geraldo José Zenid, que recomenda: - Exija do fornecedor a nota fiscal e o documento de origem florestal. Prefira produtos certificados.
- Não compre espécies ameaçadas ou com exploração e comércio proibidos pelo Ibama, como pinho-do- paraná e peroba-rosa.
- Prefira madeiras alternativas, como angelim-pedra, cedrinho e tauari. Confira outras na publicação - Madeira: Uso Sustentável na Construção Civil, no site do IPT.
Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/extracao-sustentavel-madeira-combate-desmatamento-amazonia-a-c-578920.shtml
A sustentabilidade é verde
A Sustentabilidade é verde
Quanto mais um sistema ou modo de vida está construído sobre o verde e a fotossíntese, mais ele é renovável e sustentável... Até que se apague o sol...
O que seria de nós sem a fotossíntese? O que seria de nós sem algas e
plantinhas verdes? As algas garantem nosso oxigênio nos pulmões do
planeta que são os oceanos. Os vegetais são os únicos seres vivos
capazes de transformar e armazenar parte da energia solar em produtos
complexos. Esses compostos (açúcar, proteínas, celulose, gorduras etc.)
estocam energia e servem de matéria prima às diversas formas de vida.
Pelas
leis da termodinâmica, a energia se degrada. Em todo o processo de
trabalho, a energia vai se transformando e sendo perdida sob a forma de
calor. É o princípio da entropia. Da energia de um tanque de gasolina,
quando se usa um carro, o que resta? Apenas o calor dissipado no meio
ambiente. O mesmo ocorre com o alimento ingerido. Não é possível
recuperar a energia inicial se tentássemos refazer esse ciclo, ao
contrário. Tudo termina em calor e resíduos. A atividade humana tem
balanço energético negativo.
Mas a principal fonte de energia da
agricultura é o sol. E ele está sempre alimentando o planeta com sua
energia. Desconsiderando-se essa fonte abundante e gratuita, a
agricultura tem um ganho energético positivo na maioria dos processos.
Os processos industriais, os serviços e o consumo gastam energia e
sempre terão baixíssima sustentabilidade. Quanto mais um sistema ou modo
de vida está construído sobre o verde e a fotossíntese, mais ele é
renovável e sustentável... Até que se apague o sol.
Os ciclos
agrícolas repetem-se há milhares de anos. As plantas absorvem a energia
solar e reciclam resíduos. Animais e humanos devoram, consomem,
desfrutam e degradam matérias primas vegetais: pastos, alimentos, lenha
em padarias e pizzarias, madeira de móveis e casas, borracha de pneus...
E petróleo, energia solar armazenada por algas e micro organismos e
fossilizada, cujos derivados nos cercam em abundância.
A
população humana seguirá crescendo. A demanda por alimentos, matérias
primas, energia, bens e serviços também. Para satisfaze-la é necessário
não ultrapassar a capacidade de produção dos sistemas naturais nas
práticas extrativistas, como a pesca e a coleta de matérias primas nas
florestas (madeiras, fibras etc.). Os limites de produção dos sistemas
extrativistas já estão atingidos e em muito pouco poderão ser ampliados.
O desafio é de gestão. Já o caminho da sustentabilidade e da energia
renovável passa pela agricultura moderna, não extrativista. A
conscientização ambiental, a racionalização de processos produtivos, o
consumo consciente, a economia de energia e as novas atitudes dos
cidadãos ajudam, mas não estão na base das soluções. Elas estão no campo
e precisa do apoio das cidades. Os tempos de mudanças globais trazem
duas preocupações: como reduzir emissões e como retirar o "excesso" de
gás carbônico da atmosfera. Soluções de grande magnitude para esses
problemas estão na agricultura brasileira e na bioenergia.
Com
temperaturas mais elevadas, os países de clima temperado vão se
interessar cada vez mais pelas tecnologias sustentáveis para agricultura
tropical desenvolvidas no Brasil. O caminho da sustentabilidade é a
intensificação da sua agricultura, aumentando a produtividade sem
desmatamentos e promovendo uma melhor gestão territorial do agronegócio,
com ciência, consciência e tecnologia.
*Evaristo de Miranda é Doutor em ecologia e Chefe Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite
Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/sustentabilidade/conteudo_232325.shtml
Ameaças à Amazônia vão muito além das queimadas
“A diminuição do desmatamento é, sem dúvida, muito importante para a conservação da Amazônia, mas ele não representa a única ameaça ao bioma”, afirmou Hélder Queiroz, pesquisador do IDSM - Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, durante o sétimo encontro do Ciclo de Conferências 2013 do BIOTA-FAPESP Educação
Há outros tipos de ameaças à conservação da Amazônia, além do desmatamento, que ocorrem em pequena escala e em áreas de várzea da região – como a extração inadequada de madeira e o manejo inapropriado de recursos pesqueiros –, que podem gerar transformações tão importantes na floresta nas próximas décadas quanto as queimadas.
Esses fenômenos, contudo, são menos perceptíveis e não são facilmente detectáveis na paisagem por imagens aéreas, como são as próprias queimadas, por acontecerem no interior da floresta e fora do chamado “Arco do desmatamento amazônico” (região de borda do bioma que corresponde ao sul e ao leste da Amazônia Legal e abrange todos os estados da região Norte, mais Mato Grosso e uma parte do Maranhão). Por isso, podem passar despercebidos e não merecer a mesma atenção recebida pelos desmatamentos pelos órgãos fiscalizadores.
O alerta foi feito por Hélder Queiroz, pesquisador do IDSM - Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, durante o sétimo encontro do Ciclo de Conferências 2013 do BIOTA-FAPESP Educação, realizado no dia 19 de setembro em São Paulo.
“A diminuição do desmatamento é, sem dúvida, muito importante para a conservação da Amazônia, mas ele não representa a única ameaça ao bioma”, afirmou Queiroz.
“Também há um grupo grande de ameaças, composto por transformações de habitat em pequena escala realizadas exatamente da mesma forma nos últimos 50 anos e de difícil detecção, mas que geram mudanças importantes na composição e na estrutura da floresta e cujos efeitos serão prolongados por muitas décadas”, estimou.
A extração inadequada de madeira da Floresta Amazônica, por exemplo, pode alterar o número de espécies de animais que vivem em uma determinada área da selva. Isso porque, de acordo com o pesquisador, algumas espécies de árvore cuja madeira tem grande valor comercial – e, por isso, são mais visadas – também podem ser importantes para alimentação da fauna.
A retirada dessas espécies de árvore de forma desordenada pode alterar a composição florística e, consequentemente, de espécies de animais de uma área da floresta, ressaltou Queiroz.
“A abertura de pequenas clareiras para remoção específica dessas espécies de madeira não é detectada pelas imagens de satélite porque, geralmente, elas têm poucos metros quadrados”, disse Queiroz.
“Ao final de três décadas, todas as espécies dessas árvores e, consequentemente, a fauna que dependia delas podem desaparecer da região”, alertou.
PESCA E CAÇA INADEQUADAS
Outra ameaça que está se tornando um problema na Amazônia, de acordo com o pesquisador, é a pesca desordenada da piracatinga (Calophysus macropterus) – espécie de peixe sem escama, apreciada para consumo, conhecida popularmente como “urubu d´água”, por ser carnívora e se alimentar de restos de peixe e outros animais.
Para a pesca do peixe na região amazônica está sendo utilizada como isca a carne de jacaré e de boto cor-de-rosa. Por causa disso, o número de botos cor-de-rosa – também conhecidos como botos-vermelhos (Inia geofrrensis) – diminuiu em diversas regiões da Amazônia, indicam dados de monitoramento da espécie na região da RDS - Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá fornecidos pelo Inpa - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
“A carcaça de um jacaré ou de boto cor-de-rosa vale, no máximo, R$ 100,00 na região amazônica e gera aproximadamente entre 200 e 300 quilos dessa espécie de peixe”, disse Queiroz.
“Além de uma crise pesqueira, esse problema representa um sistema de valoração da biodiversidade que está profundamente desequilibrado”, avaliou.
Já em terra, segundo o pesquisador, a caça desordenada de determinadas espécies de animais tem resultado no surgimento do que alguns autores denominaram no início da década de 1990 de “florestas vazias” – áreas de floresta em pé, mas nas quais as principais espécies de animais responsáveis pela reprodução, polinização e dispersão de sementes desaparecem em razão da caça desenfreada.
“A expressão cunhada para esse fenômeno – ‘florestas vazias’ – é romântica, mas o problema é preocupante e os efeitos dele são só percebidos ao longo de décadas”, avaliou Queiroz.
Esses fenômenos, contudo, são menos perceptíveis e não são facilmente detectáveis na paisagem por imagens aéreas, como são as próprias queimadas, por acontecerem no interior da floresta e fora do chamado “Arco do desmatamento amazônico” (região de borda do bioma que corresponde ao sul e ao leste da Amazônia Legal e abrange todos os estados da região Norte, mais Mato Grosso e uma parte do Maranhão). Por isso, podem passar despercebidos e não merecer a mesma atenção recebida pelos desmatamentos pelos órgãos fiscalizadores.
O alerta foi feito por Hélder Queiroz, pesquisador do IDSM - Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, durante o sétimo encontro do Ciclo de Conferências 2013 do BIOTA-FAPESP Educação, realizado no dia 19 de setembro em São Paulo.
“A diminuição do desmatamento é, sem dúvida, muito importante para a conservação da Amazônia, mas ele não representa a única ameaça ao bioma”, afirmou Queiroz.
“Também há um grupo grande de ameaças, composto por transformações de habitat em pequena escala realizadas exatamente da mesma forma nos últimos 50 anos e de difícil detecção, mas que geram mudanças importantes na composição e na estrutura da floresta e cujos efeitos serão prolongados por muitas décadas”, estimou.
A extração inadequada de madeira da Floresta Amazônica, por exemplo, pode alterar o número de espécies de animais que vivem em uma determinada área da selva. Isso porque, de acordo com o pesquisador, algumas espécies de árvore cuja madeira tem grande valor comercial – e, por isso, são mais visadas – também podem ser importantes para alimentação da fauna.
A retirada dessas espécies de árvore de forma desordenada pode alterar a composição florística e, consequentemente, de espécies de animais de uma área da floresta, ressaltou Queiroz.
“A abertura de pequenas clareiras para remoção específica dessas espécies de madeira não é detectada pelas imagens de satélite porque, geralmente, elas têm poucos metros quadrados”, disse Queiroz.
“Ao final de três décadas, todas as espécies dessas árvores e, consequentemente, a fauna que dependia delas podem desaparecer da região”, alertou.
PESCA E CAÇA INADEQUADAS
Outra ameaça que está se tornando um problema na Amazônia, de acordo com o pesquisador, é a pesca desordenada da piracatinga (Calophysus macropterus) – espécie de peixe sem escama, apreciada para consumo, conhecida popularmente como “urubu d´água”, por ser carnívora e se alimentar de restos de peixe e outros animais.
Para a pesca do peixe na região amazônica está sendo utilizada como isca a carne de jacaré e de boto cor-de-rosa. Por causa disso, o número de botos cor-de-rosa – também conhecidos como botos-vermelhos (Inia geofrrensis) – diminuiu em diversas regiões da Amazônia, indicam dados de monitoramento da espécie na região da RDS - Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá fornecidos pelo Inpa - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
“A carcaça de um jacaré ou de boto cor-de-rosa vale, no máximo, R$ 100,00 na região amazônica e gera aproximadamente entre 200 e 300 quilos dessa espécie de peixe”, disse Queiroz.
“Além de uma crise pesqueira, esse problema representa um sistema de valoração da biodiversidade que está profundamente desequilibrado”, avaliou.
Já em terra, segundo o pesquisador, a caça desordenada de determinadas espécies de animais tem resultado no surgimento do que alguns autores denominaram no início da década de 1990 de “florestas vazias” – áreas de floresta em pé, mas nas quais as principais espécies de animais responsáveis pela reprodução, polinização e dispersão de sementes desaparecem em razão da caça desenfreada.
“A expressão cunhada para esse fenômeno – ‘florestas vazias’ – é romântica, mas o problema é preocupante e os efeitos dele são só percebidos ao longo de décadas”, avaliou Queiroz.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/ameacas-amazonia-vao-muito-alem-queimadas-754891.shtml
Elton Alisson
23/09/2013 - Agência Fapesp
23/09/2013 - Agência Fapesp
Madeira: use com consciência
Madeira: use com consciência
Se você é fã desse material nobre, conheça os cuidados para escolher opções sustentáveis para a estrutura, o piso e os móveis
Quanto vale uma árvore que foi retirada da floresta de maneira sustentável, ou seja, de modo a garantir a manutenção da biodiversidade da área ao longo de muitos anos? Essa talvez seja a principal questão quando o assunto é o uso consciente da madeira. O Greenpeace Brasil estima que 80% das toras produzidas anualmente na Amazônia tenham origem ilegal.
“Muitas vezes, elas são obtidas de forma predatória, sem pagamento de impostos ou cuidados socioambientais”, afirma Daniele Rua, coordenadora de Cadeia de Custódia FSC (Conselho de Manejo Florestal), da certificadora Imaflora. “São fatos que permitem um preço final mais baixo”, explica. Em outras palavras, a madeira ilegal é falsamente barata.
Mas isso não quer dizer que a versão sustentável tenha que custar muito mais. Segundo o Imaflora, algumas empresas vendem produtos de origem comprovada com sobrepreço, pois têm clientes que condicionam a compra à certificação e aceitam pagar mais por isso. Para o arquiteto Gustavo Calazans, de São Paulo, falta um equilíbrio. “Uma demanda maior ajudaria a baixar o preço”, diz.
ORIGEM LEGAL
Até 2008, de acordo com o Greenpeace Brasil, mais de 720 mil kms da Amazônia foram devastados, o equivalente a quase três vezes o tamanho do estado de São Paulo. A solução, no entanto, não está em banir a madeira da obra. É preciso selecionar os fornecedores e comprar de forma consciente. O atestado, de caráter voluntário, já foi atribuído a 15 estabelecimentos e comprova a sua responsabilidade ambiental. Outra opção é exigir o Documento de Origem Florestal (DOF), emitido pelo Ibama, que garante a legalidade da cadeia produtiva das espécies nativas. “Diferentemente da antiga ATPF [Autorização de Transporte de Produtos Florestais], ele é eletrônico e marca as medidas das peças”, explica o engenheiro Helio Olga, da construtora paulista ITA.
SELOS VERDES
Para a construção de estruturas, desde os anos 60, as árvores nativas dividem espaço com as plantadas, que já ocupam 6,1 milhões de hectares no país. “As de reflorestamento, como pínus e eucalipto, podem ser cortadas com idade entre 10 e 15 anos, enquanto as nativas precisam de mais de 30 anos”, compara Carlos Alberto Funcia, presidente da Sociedade Brasileira de Silvicultura. Mas é preciso considerar que essas espécies não dispõem de alta resistência natural e pedem mais cuidados na manutenção. Hoje, cerca de 60% dos quase 5,5 milhões de hectares de florestas certificadas no Brasil pelo FSC correspondem a áreas plantadas. Os outros 40% são florestas naturais, sobretudo da Amazônia. Para muitos especialistas, carimbos verdes seriam a única forma de garantir a sustentabilidade. Além dele, o Brasil conta com o Cerflor (Programa de Certificação Florestal), do Inmetro. Eles provam que houve controle na extração, com baixo impacto ambiental e preocupação social. “Mesmo que a madeira tenha entrado legalmente em São Paulo, não significa que ela também tenha sido produzida assim”, observa Maurício Voivodic, coordenador de certificação de florestas naturais do Imaflora.
“Muitas vezes, elas são obtidas de forma predatória, sem pagamento de impostos ou cuidados socioambientais”, afirma Daniele Rua, coordenadora de Cadeia de Custódia FSC (Conselho de Manejo Florestal), da certificadora Imaflora. “São fatos que permitem um preço final mais baixo”, explica. Em outras palavras, a madeira ilegal é falsamente barata.
Mas isso não quer dizer que a versão sustentável tenha que custar muito mais. Segundo o Imaflora, algumas empresas vendem produtos de origem comprovada com sobrepreço, pois têm clientes que condicionam a compra à certificação e aceitam pagar mais por isso. Para o arquiteto Gustavo Calazans, de São Paulo, falta um equilíbrio. “Uma demanda maior ajudaria a baixar o preço”, diz.
ORIGEM LEGAL
Até 2008, de acordo com o Greenpeace Brasil, mais de 720 mil kms da Amazônia foram devastados, o equivalente a quase três vezes o tamanho do estado de São Paulo. A solução, no entanto, não está em banir a madeira da obra. É preciso selecionar os fornecedores e comprar de forma consciente. O atestado, de caráter voluntário, já foi atribuído a 15 estabelecimentos e comprova a sua responsabilidade ambiental. Outra opção é exigir o Documento de Origem Florestal (DOF), emitido pelo Ibama, que garante a legalidade da cadeia produtiva das espécies nativas. “Diferentemente da antiga ATPF [Autorização de Transporte de Produtos Florestais], ele é eletrônico e marca as medidas das peças”, explica o engenheiro Helio Olga, da construtora paulista ITA.
SELOS VERDES
Para a construção de estruturas, desde os anos 60, as árvores nativas dividem espaço com as plantadas, que já ocupam 6,1 milhões de hectares no país. “As de reflorestamento, como pínus e eucalipto, podem ser cortadas com idade entre 10 e 15 anos, enquanto as nativas precisam de mais de 30 anos”, compara Carlos Alberto Funcia, presidente da Sociedade Brasileira de Silvicultura. Mas é preciso considerar que essas espécies não dispõem de alta resistência natural e pedem mais cuidados na manutenção. Hoje, cerca de 60% dos quase 5,5 milhões de hectares de florestas certificadas no Brasil pelo FSC correspondem a áreas plantadas. Os outros 40% são florestas naturais, sobretudo da Amazônia. Para muitos especialistas, carimbos verdes seriam a única forma de garantir a sustentabilidade. Além dele, o Brasil conta com o Cerflor (Programa de Certificação Florestal), do Inmetro. Eles provam que houve controle na extração, com baixo impacto ambiental e preocupação social. “Mesmo que a madeira tenha entrado legalmente em São Paulo, não significa que ela também tenha sido produzida assim”, observa Maurício Voivodic, coordenador de certificação de florestas naturais do Imaflora.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/casa/madeira-construcao-selo-fsc-496514.shtml
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
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